Como fazer com que um herói com características tão nacionais (estadunidenses) faça sucesso num mercado globalizado? Simples, coloque-o contra um inimigo comum à todos e num passado distante. Capitão América veste uma bandeira dos EUA e pertence ao exército americano, mas nem por isso ele desaponta no papel de defensor mundial. O primeiro filme da nova franquia cinematográfica da Marvel se passa na segunda guerra mundial e os vilões são (advinhe!) os nazistas, incorporados pelo Caveira Vermelha, interpretado pelo excelente Hugo Weaving (o Elrond de "O Senhor dos Anéis" e o agente Smith de "Matrix"). A película retrata as origens do capitão, como ele adquiriu seus poderes. O herói é interpretado pelo tocha-humana do "Quarteto Fantástico", Cris Evans, que acerta no tom e veste bem o uniforme tricolor. Dirigido por Joe Johsnton, o qual já não era nenhum novato em blockbusters, Joe é o diretor de "Jurassic Park III", "Jumanji", e, mais recentemente, a refilmagem de "Lobisomem" pela Universal. Gostei muitíssimo do roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely, os dois souberam trazer humor sem arruinar a ação do filme, algo que as comic novels sabem fazer tão bem mas os roteiristas geralmente não. Os dois também fizeram parceria na franquia "As Crônicas de Nárnia", embora nessa empreitada eles não tenham se saído muito bem, basta ver a alteração de estúdios que a franquia sofre. Grata surpresa foi a presença de Dominic Cooper (Mamma Mia!" e "A Duquesa") como Howard Stark, pai do nosso querido Homem de Ferro e que ficou incrivelmente semelhante a Downey Jr. O romance do filme fica por conta do personagem principal e da atriz Hayley Atwell ("A Duquesa"), mas não convenceu. Foi o único ponto fraco do filme, no momento em que ocorre o único beijo entre eles, não conseguimos nem ter uma reação à altura pois o roteiro não nos convence do relacionamento.
Com "Thor" e "Capitão América", a Marvel já conseguiu fazer deste um de seus melhores anos no cinema. Agora, estamos à espera do "Lanterna Verde" da DC Comics em agosto e, é lógico, da sequência de "Capitão América" que, com toda certeza, será ambientada nos dias atuais!
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