domingo, 28 de agosto de 2011

O Rei Leão 3D

Com toda certeza um dos filmes mais famosos de Walt Disney Pictures, O Rei Leão está de volta aos cinemas nacionais por um tempo curto. A película será reapresentada em algumas salas brasileiras em 3D. Pelo que eu fiquei sabendo a distribuição está apenas em cinemas da rede Cinemark. Eu, que não pude ir aos cinemas na época do primeiro lançamento, fui na sexta assistir pela primeira vez "O Rei Leão" na tela grande. Realmente nenhuma experiência em home vídeo equivale a que podemos ter nas salas de projeção. Com cenas épicas e músicas incríveis, mesmo que eu não seja um grande entusiasta do formato 3D, vale a pena revisitar esse clássico e a conversão para o 3D não chega a ser irritante como em tantos outros exemplos! Vencedor de dois Oscars, de Melhor Canção e Melhor Trilha Sonora. Aliás, a música é o destaque da obra. Com Elton John, Tim Rice e Hans Zimmer cuidando da trilha sonora, não tinha como dar errado... Uma curiosidade é que o filme já havia retornado em 2002 nos Estados Unidos para uma apresentação em IMAX, no Brasil ainda não tínhamos salas de exibição com esse formato. Para quem quer ter o filme em casa, seja em Blu-ray ou em DVD, espere um mês. A Walt Disney possui um sistema de moratória, no qual, para valorizar as obras, o estúdio as retira do mercado durante anos e depois as relança. É o caso de O Rei Leão, que voltará ao Home Video em DVD, Blu-ray e Blu-ray 3D na Edição Diamante dia 28 de setembro por tempo limitado, é claro.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A Árvore da Vida

Sei que vou criar inimizades, mas devo confessar que nunca gostei dos filmes de Terrence Malick. Eu não nego que visualmente eles são muito bonitos e a forma que o diretor grava as tomadas é, no mínimo, inusitada. Mas, para mim, um filme tem que ser mais que isso. Acima de tudo, uma boa película tem que prender a atenção da plateia. Não foi o que eu presenciei quando eu fui ao cinema assistir ao ganhador da Palma de Ouro 2011 do Festival de Cannes. "A Árvore da Vida" começa bem, com um prólogo belíssimo sobre o surgimento do universo, da vida na Terra, me remetendo, inclusive, a "2001" de Kubrick e ao mais recente "Melancolia" de Lars Von Trier. Depois disso tudo, o foco fica numa família composta por uma mãe submissa a um pai agressivo e seus três filhos. Um drama muito bem filmado, com exceção dos cortes longos para uma cena escura de algo luminoso. Cena esta que aparece repetidas vezes no filme e faz com que qualquer um na sala de cinema perca a paciência... Quando você consegue se ajustar ao drama familiar que aparentemente não tem nenhuma conexão com o início do filme, tudo fica novamente estranho e belo. Terminando, é claro, com a cena escura de uma luminosidade esquisita. Sei que pode parecer presunção criticar um diretor tão admirado nos circuitos de festivais. Mas eu gostaria de deixar uma dica para Malick: assista aos filmes de Kubrick e de Trier que eu citei e aprenda que é possível fazer obras que agradem aos críticos e também ao público. Incrível como ainda existem pessoas que não se lembram da essência do cinema: diversão. Alguns diretores não deveriam filmar apenas para ganhar prêmios, que é o que fazem. Por favor, sejam Spielbergs ou Coppolas, só não sejam Malicks!

Super 8

Produzido por Steven Spielberg e dirigido por J.J. Abrams ("Lost" e "Star Trek"), Super 8 conta a história de um grupo adolescentes aspirantes a cineastas que, com uma filmadora Super 8 conseguem imagens de um acidente de trem envolvendo um alienígena. Tudo o que este alienígena quer é voltar para seu planeta de origem, porém a Força Aérea Americana é um empecilho. Uma aventura para todas as idades, quem pensou em "E.T. O Extra-terrestre" pode estar certo de que Super 8 é sim uma bela homenagem à eterna película de Spielberg. É claro que algumas alterações são bem-vindas. O novo alien não é tão amigável assim com os humanos, chegando a matar muitos durante o filme. Além disso, ele também ganhou uma aparência mais assustadora. Mas os pontos de suspense são muito bem equilibrados, no roteiro, com os momentos de comédia. Destaque para o ator Riley Griffiths interpretando o gorducho nerd da turma que sonha em ser diretor. Muito do sucesso do filme, deve-se à sua capacidade de atuação. Como curiosidade, mas não chega a ser um destaque, temos Elle Fanning, irmã da ótima Dakota Fanning. Fiquei feliz em ver também que eles seguiram muito bem a regra de evitar ao máximo mostrar o "monstro", ajudando a construir o clima de tensão e fazendo com que os efeitos especiais não tomassem conta do filme. Para as crianças, um ótimo filme de aventura e para nós, adultos, um retorno à infância de "Os Goonies" e "E.T.".

domingo, 14 de agosto de 2011

Melancolia

O novo filme de Lars Von Trier tem algo em comum com seu penúltimo (Anticristo). Ambos tratam da depressão em protagonistas femininas. O filme possui duas partes, cada uma com o nome das duas protagonistas. A primeira, Justine, interpretada por Kirsten Dunst, parece sofrer de uma depressão existencial, com dúvidas sobre si mesma e a Humanidade. Sua irmã, Claire , otimista, tenta equilibrar as situações de sua delicada família e construir uma realidade alternativa. Mas tudo isso é em vão, quando o planeta Melancolia ameaça colidir com a Terra e, assim, destruir por completo suas chances de ser feliz. Embora uma obra de ficção, não pode ser chamada de ficção científica. A aproximação do planeta Melancolia é mais metafórica do que física. Pouca explicação sobre o fenômeno é dada, propositadamente. A destruição que o planeta sofre é causada pela depressão, considerada o mal do século. Além disso, a personagem de Justine leva os questionamentos a um outro nível, ao colocar dúvidas sobre o merecimento do Homem em existir. A questão central do filme é a forma como cada uma das protagonistas lida com os problemas e a frustração de suas vidas. Justine representa o conformismo e Claire a inquietude. Lars Von Trier mais uma vez cria um belísssimo Prólogo, utilizando assim como em Anticristo, o recurso do Slow Motion. Além disso, suas tomadas rápidas, muitas vezes utilizando, câmera de mão possibilitou transportar a angústia e o transtorno dos personagens para as salas de cinema. Ouvi várias reprovações ao sair do cinema, tendo a certeza de que aquele realmente era um filme que valia a pena ser vivenciado!

domingo, 7 de agosto de 2011

Coleção Folha Cine Europeu

O jornal Folha de São Paulo lançou oficialmente hoje uma nova coleção de clássicos do cinema, desta vez apenas com filmes europeus. Cada volume da coleção Folha Cine Europeu conterá um DVD e um livro de 64 páginas com informações sobre diretor, atores e filme. O catálogo foi muitíssimo bem selecionado. Eu já pude colocar as minhas mãos nos dois primeiros volumes, "A Doce Vida" de Fellini e "Fitzcarraldo" de Werner Herzog, respectivamente. Basta dizer que ambos são da Versátil, distribuidora brasileira que é famosa pelo cuidado com seu acervo. Já assisti a "Fitzcarraldo" e li o livro, o material foi muito bem organizado e o filme é um marco do cinema, a cena do barco subindo a montanha é de arrepiar. Abaixo segue a lista completa da coleção que estará todos os domingos nas bancas por R$15,90 (os dois primeiros volumes são adquiridos pelo preço de um). Aguardo ansiosamente aos próximos fins de semana!!!

  1. A Doce Vida
  2. Fitzcarraldo
  3. Último Tango em Paris
  4. Cinema Paradiso
  5. Morangos Silvestres
  6. Volver
  7. Asas do Desejo
  8. Os Girassois da Rússia
  9. Hiroshima Mon-Amour
  10. A Liberdade É Azul
  11. O Batedor de Carteiras
  12. O Deserto Vermelho
  13. O Encouraçado Potemkin
  14. Rocco e seus Irmãos
  15. Os Incompreendidos
  16. Lili Marlene
  17. Roma, Cidade Aberta
  18. Madame Bovary
  19. Metropolis
  20. A Regra do Jogo
  21. Mamma Roma
  22. Acossado
  23. A Dama Oculta
  24. Adeus, Meninos
  25. Mamãe Faz Cem Anos