quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A Mulher de Preto

O novo filme estrelado por Daniel Radcliffe, mais conhecido como Harry Potter, pode surpreender até os mais céticos. Diferentemente da saga estrelada pelo jovem ator britânico por uma década, "A Mulher de Preto" foi uma produção de baixo orçamento e, ainda assim, é uma película com qualidades técnicas e artísticas. Primeiramente, confesso, é estranho ver Radcliffe em outro papel que não seja o de um bruxo adolescente, porém, passada a primeira impressão, o roteiro e a habilidade que o ator soube adquirir com o tempo fazem com que ninguém mais se lembre que um dia ele esteve com uma varinha mágica nas mãos. Difícil não dedicar a maior parte dos comentários a ele, pois o filme é Daniel Radcliffe, os outros personagens são chamados de secundários por mero elogio, sendo mais precisamente terciários. Com efeitos razoáveis, porém nada excepcional, o pessoal da produção soube utilizar a tensão e os inesgotáveis sustos para prender o espectador e  não tornar o filme datado e mal-feito. Quero elogiar, também, o roteiro. Atualmente está raro deparar-me com um roteiro bem construído para um filme de terror, e, nessa película, Jane Goldman soube adaptar muito bem o livro de Susan Hill. O pessoal da produção merece um elogio geral pelas locações, utilizaram muito bem os relevos britânicos para contribuir para o terror da estória. E, por último, eu devo comentar que o final de "A Mulher de Preto" é, no mínimo, inusitado em filmes de terror, fugindo das duas opções mais frequentes, o sucesso completo na missão ou o ar de que uma sequência está por vir.
Resumindo, vejam o filme e se espantem com tudo, a começar pela qualidade técnica, de elenco, de roteiro e, por último, pela sua conclusão.

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